Entenda a descoberta de água na Lua
Na última segunda feira dia 26 de outubro o Observatório Estratosférico de Astronomia Infravermelha – SOFIA – pertencente à agência estadunidense de Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (NASA), anunciou a descoberta de água na superfície do nosso único satélite natural, a Lua (a Deusa Selene dos Gregos).
Foram detectadas moléculas de água no interior da cratera chamada de Clavius que se localiza no Hemisfério Sul Lunar. Esta cratera formada a cerca de 3,8 bilhões de anos possui um diâmetro de aproximadamente 225 km com uma profundidade de quase 5 km.
Seu nome é em homenagem a Christopher Clavius (1.538 – 1.612) que foi um jesuíta, matemático e astrônomo germânico muito respeitado em sua época.
Mas calma, pois a quantidade detectada de água em Clavius chega a quase 355 mililitros, o que é equivalente a menos de uma garrafa de água mineral de 500 ml. De qualquer forma esta descoberta proporciona um novo impulso à pesquisa de nosso satélite natural, colocando-o novamente ao cenário contemporâneo de novas missões, como por exemplo, a Ártemis, que visa colocar astronautas de volta a superfície lunar por volta do ano de 2.024.
Lembrando que esta cratera Clavius fica do lado visível da Lua para nós aqui da Terra. Em alguns artigos foram citados que essa cratera se encontra do lado “iluminado” da Lua, o que não é correto, pois a Selene é iluminada pelo Sol em toda sua superfície. O que existe é uma face oculta para a Terra, pois seu movimento de rotação tem o mesmo período de seu movimento de translação em torno de nós, ou seja, com esta sincronia de períodos ocorre que observamos sempre a mesma face da Lua estando na superfície terrestre.
A Deusa Selene ainda nos reserva muitas surpresas pelo visto. Futuras missões a sua superfície poderão nos revelar seus ocultos mistérios ainda a serem decifrados!