A Missão Solar Orbiter
A sonda não tripulada europeia da ESA, a Solar Orbiter (SolO), lançada a bordo do foguete Atlas do Cabo Canaveral, na Flórida(EUA) no dia 9 de fevereiro deste ano, tem como seu principal objetivo explorar a nossa estrela, o Sol. Avaliada em 1,5 bilhão de euros, ela conta com câmeras e sensores que devem investigar o comportamento dinâmico solar. Para isso, ela ficará posicionada a uma distância de aproximadamente 42 milhões de quilômetros da sua superfície, ou seja, estará mais próxima do Sol do que o planeta mais próximo dele, Mercúrio, se encontra.
Os astrônomos sempre foram preocupados com a maneira de como o Sol evolui para poder entender e até mesmo poder realizar previsões de eventos solares como, por exemplo, tempestades magnéticas que afetam satélites artificiais, provocam quedas de energia e apagões na superfície da Terra e também realiza interferências em telecomunicações.
A ideia é, com o tempo, ter condições de poder fazer previsões do clima espacial entendendo melhor o funcionamento de toda a dinâmica do Sol.
Um escudo protetor de titânio
Para suportar o ambiente espacial onde a sonda faz sua pesquisa, precisou ser desenvolvido um grande escudo de titânio para sua proteção.
A SolO conta com 6 sensores de imagens e quatro instrumentos que irão coletar dados sobre o gás ionizado (o plasma) e os campos magnéticos enquanto eles se afastam do Sol e passam pela sonda. Entender o funcionamento do Sol com certa precisão levará entender o clima espacial dentro de todo o Sistema Solar.
Astrônomos acreditam que esta seja a chamada “década de ouro” para os avanços da Astrofísica solar, pois, o lançamento da Solar Orbiter aconteceu logo após o lançamento da sonda Parker (NASA), que possui praticamente os mesmos objetivos científicos da SolO.