O susto da EEI em 2006!
No ano de 2006 em uma correção de altitude rotineira, a Estação Espacial Internacional (EEI) passou por um susto, após um erro de cálculo dos engenheiros responsáveis.
Foi uma falha na ignição dos propulsores da nave Progress M-58 que impediu que a EEI fosse corrigida para uma posição de mais 8 km de altitude acima do que se encontrava no momento.
O Centro de Controle de Voos Espaciais, CCVE, situado em Koroliov, na Rússia, informou na época que os propulsores da nave Progress M-58, responsáveis em corrigir a posição da EEI, funcionaram por apenas 3 minutos e 16 segundos, quando o correto para essa correção seria o funcionamento por 18 minutos e 22 segundos. Com esta diferença no tempo que funcionaram os propulsores, a EEI se elevou apenas por 1,5 km e não os 8 km necessários para aquela correção.
O CCVE informou também que os propulsores foram desligados automaticamente pelos computadores de bordo da EEI, que detectaram uma inclinação incomum durante esta correção de rotina. A provável falha dos computadores foi causada por um erro de cálculo na programação, que não considerou a soma do material envolvido na nova estrutura de painéis solares que haviam sido instalados recentemente por astronautas americanos e que simplesmente elevou a massa da EEI em aproximadamente 18 toneladas. Alguns dias depois a posição foi corrigida com sucesso após os novos cálculos.
A ação da Gravidade
A EEI encontra-se normalmente em uma altitude de 320 a 360 km da superfície da Terra. Alguns fatores faz com que a EEI vai perdendo altitude enquanto orbita nosso planeta. Entre estes fatores, estão à Força de atração gravitacional da Terra e a Força de “arrasto” que é provocada pelo atrito com partículas presentes nas altas camadas da atmosfera terrestre. Isso faz com que a EEI perca por dia, cerca de 100 a 150 metros de altitude, por isso, as correções desta são necessárias de maneira rotineira.
Existem também as correções extraordinárias que são necessárias para evitar colisões com o lixo espacial, pequenos asteroides e até mesmo com satélites artificiais.