Pesquisa na Antártida para explicar o Sol e Buracos Negros
Neste exato momento seu corpo está sendo literalmente atravessado por bilhões ou mesmo trilhões de partículas subatômicas chamadas de Neutrinos.
Apesar disso, detectar uma dessas partículas é muito difícil e os pesquisadores estão sempre desenvolvendo novas técnicas e instrumentos na tentativa de poder “capturar” ou detectar um Neutrino.
As fusões nucleares de Hidrogênio em Hélio que ocorrem no núcleo do Sol, por exemplo, emitem Neutrinos e poder estudar essas partículas ajudaria a entender melhor o cenário dessas fusões.
Depois dos Fótons (partículas de luz), os Neutrinos são os mais abundantes em todo o Universo conhecido e são os que menos interagem fisicamente com o que está na direção de suas trajetórias, por isso que nossos corpos não sentem absolutamente nada ao ser atravessados por Neutrinos o tempo todo durante toda nossa vida.
Hoje já se sabe que eles possuem massa, mas não se conhece exatamente o processo de onde essa massa do Neutrino se origina. Também por não possuir uma carga elétrica e desta forma não interagir com campos magnéticos que atravessam, eles são peças importantes para se estudar o Universo como um todo.
Nos horizontes de eventos de um buraco negro também são emitidos Neutrinos e desta maneira capturar um deles é poder entender um pouco mais o que pode ocorrer em torno desses objetos celestes de grande massa.
O Projeto IceCube construído no ano 2.010 (uma parceria internacional de 12 países que envolvem a Europa, América do Norte, Ásia e a Oceania) não utiliza nenhuma lente específica ou uma antena observando a esfera celeste, mas sim longas cordas, cada uma com 60 sensores ópticos que estão mergulhados em furos que chegam a atingir 2,5 km de profundidade no gelo da Antártida e já detectou alguns Neutrinos.
Espera-se com mais este projeto, que contribua para resolver alguns dos enigmas das partículas “fantasmas” dos Neutrinos!
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