Sessão Constelações: Cassiopeia
Esta série descreve as principais características de cada uma das 88 constelações de nossa esfera celeste.
Nota 1: ano luz é igual a distância percorrida pela luz no “vácuo” durante um ano e que equivale aqui a 9 trilhões e 460 bilhões de km. Se uma estrela se encontra a 100 anos-luz de distância, significa também dizer que sua luz demorou 100 para chegar até nós, então estamos observando como ela estava há 100 anos.
Nota 2: as magnitudes visuais ficam entre valores de até 6,0 positivo para observações a olho nu. Quanto menor o valor da magnitude de um objeto celeste, maior seu brilho visual. Para questões de referências, a estrela mais brilhante do céu noturno é Sirius da constelação do Cão Maior, com uma magnitude visual de -1,5.
Hoje vamos falar da constelação do Cassiopeia.
Origem histórica:
Cassiopeia é uma constelação do Hemisfério Celeste Norte. As constelações vizinhas, segundo a padronização atual, são a constelação da Girafa, do Cefeu, do Lagarto, de Andrômeda e do Perseu. Esta constelação tem um formato de W na esfera celeste e possui cerca de trinta estrelas que são visíveis a olho nu.
Na Mitologia Grega a figura formada pelas estrelas próximas à constelação do Cefeu lembra a de uma figura humana sentada num trono, mas estando de cabeça para baixo. Para os gregos, isso representava uma punição por um crime severo cometido. Eles logo associaram essa constelação ao mito de Cassiopeia: a vaidosa rainha etíope que comparou sua beleza à das Nereidas.
Principal estrela:
A estrela Alpha de Cassiopeia (também conhecida como Shedir) faz parte do desenho em forma de W desta constelação, sendo a estrela mais brilhante de toda a constelação e possui uma cor avermelhada. Com uma magnitude visual de 2,24 está distante de nós cerca de 228 anos-luz.
Principal objeto:
O Messier 52 (designado também como NGC 7654 ou M52) é um aglomerado estelar aberto localizado nesta constelação a cerca de 5.000 anos-luz da Terra. Foi descoberto pelo astrônomo francês Charles Messier no ano de 1.774.