Sessão Constelações: Girafa
Esta série descreve as principais características de cada uma das 88 constelações de nossa esfera celeste.
Nota 1: ano luz é igual a distância percorrida pela luz no “vácuo” durante um ano e que equivale aqui a 9 trilhões e 460 bilhões de km. Se uma estrela se encontra a 100 anos-luz de distância, significa também dizer que sua luz demorou 100 para chegar até nós, então estamos observando como ela estava há 100 anos.
Nota 2: as magnitudes visuais ficam entre valores de até 6,0 positivo para observações a olho nu. Quanto menor o valor da magnitude de um objeto celeste, maior seu brilho visual. Para questões de referências, a estrela mais brilhante do céu noturno é Sirius da constelação do Cão Maior, com uma magnitude visual de -1,5.
Hoje vamos falar da constelação da Girafa (Camelopardalis).
Origem histórica:
Conhecida também como o Camelopardalis, a Girafa é uma constelação pertencente ao Hemisfério Celeste Norte. As constelações vizinhas a ela conforme a padronização atual é a Ursa Menor, o Cefeu, a Cassiopeia, o Perseu, o Cocheiro, a Lince, a Ursa Maior e o Dragão.
Esta constelação foi elaborada ao que tudo indica pelo astrônomo holandês Petrus Plancius e tendo sido divulgada no ano de 1.624 no livro de Jakob Bartsch. Considerada como uma constelação moderna com a simples finalidade de poder ocupar uma área do céu que não apresentava nenhuma constelação definida, a Girafa parece não possuir uma lenda mitológica em qualquer cultura.
Uma única explicação para esta constelação é um episódio bíblico em que Rebeca montou em um camelo no seu trajeto até a cidade de Canaã para se casar. Sabe-se que os gregos chamavam a girafa de camelo-leopardo, pois eles acreditavam que a cabeça dela era de um camelo e suas manchas pelo corpo de um leopardo.
Na Uranografia de Johannes Hevelius (astrônomo polonês, que se tornou conhecido como “o fundador da topografia lunar”) o longo pescoço da Girafa é representado esticando-se em torno do Polo Celeste Norte (projeção do eixo de rotação da Terra na esfera celeste).
Principal estrela:
Chamada de VZ Camelopardalis, esta estrela varia sua magnitude visual de 4,8 até 5,2. Ela se encontra próxima da famosa estrela Polaris (a estrela que fica mais próxima do Polo Celeste Norte e pertence à constelação da Ursa Menor) e desta forma, pode ser observada todas as noites do ano em latitudes mais ao norte.
Principal objeto:
A galáxia em espiral designada como NGC 2403 com uma magnitude visual de 8,5 e visível com pequenos telescópios é o principal objeto celeste da constelação da Girafa.
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