Uma bússola celeste!
Sempre que observamos as estrelas para localizar um determinado corpo celeste ou mesmo poder identificar os pontos cardeais geográficos, precisamos de coordenadas, mapas ou uma bússola. Hoje em dia, com toda a era tecnológica que estamos vivenciando, existe também o GPS que facilita e muito a localização.
Uma maneira que nossos antepassados faziam e até hoje alguns de nós podemos fazer é utilizar as próprias estrelas para nos localizarmos tanto na esfera celeste como encontrar os pontos cardeais por elas.
A constelação do Cruzeiro do Sul para nós do Hemisfério Sul, é uma maneira prática de identificação dos horizontes celestes e também para localização dos chamados pontos cardeais (Norte, Sul, Leste e Oeste). Então, vamos entender como.
Pegamos imaginariamente a distância visual da estrela oposta a base do madeiro maior do Cruzeiro do Sul (estrela de cor meio alaranjada e de nome Rubídia) até a estrela da base desse mesmo madeiro chamada de Estrela de Magalhães (em homenagem ao grande navegador, Fernão de Magalhães e é a estrela mais brilhante desta constelação) e que representa o Estado de São Paulo na bandeira nacional. A partir daí, prolongamos essa mesma distância 4,5 vezes no sentido da Rubídia para Magalhães.
Teremos um ponto imaginário na esfera celeste. Este ponto imaginário é o Polo Celeste Sul, que é o prolongamento do eixo de rotação de nosso planeta até a esfera celeste. Se descermos a partir do Polo Celeste Sul uma linha reta até a linha do horizonte abaixo dele, encontramos o ponto cardeal sul geográfico.
Não importa a posição que o Cruzeiro se encontra no céu, sempre procedemos desta maneira.
É uma forma simples de podermos identificar e nos familiarizar com coordenadas a nossa volta, tanto geográficas como celestes. A altura no horizonte sul do Polo Celeste Sul, é o valor em graus da Latitude Sul que nos encontramos.
Utilizando a constelação do Cruzeiro do Sul podemos então encontrar esses pontos, assim chamamos este constelação de “bússola celeste”!
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