Atualidades Astronômicas – Asteroide passará “próximo” da Terra
Sempre ouvimos notícias como esta, que um asteroide passará “próximo” da Terra, mas este “próximo” pode não ser tão próximo como podemos pensar muitas vezes.
Primeiro que temos uma grande variedade de asteroides que passam próximo a orbita terrestre sem causar nenhum problema ao nosso planeta, mas sempre despertam a atenção dos astrônomos para melhorar as técnicas de monitoramento desses corpos celestes que em potencial, podem um dia colidir com a Terra como já ocorreu em passados remotos. Na verdade, cerca de 2 toneladas de material “caem” na Terra por dia em pequenos fragmentos de asteroides ou pedaços de cometas que se desintegram na própria atmosfera terrestre.
Fotomontagem de um asteroide e a Terra.
No dia 29 de abril (quarta-feira) as 06h56 (hora de Brasília), ocorrerá a passagem de um desses asteroides próximos de nós. Ele foi descoberto no ano de 1.998 e tem o nome designado como OR2 ou 52768 e possui cerca de 4 km de comprimento por 1,8 km de largura e tem uma forma irregular. Este asteroide passará a 6,3 milhões de km da Terra e não será visível a olho nu. Esta distância é considerada “próxima” para os astrônomos, mas ela é cerca de 16 vezes a distância que a Lua se encontra de nós.
Abaixo a foto deste asteroide realizada pela equipe composta por astrônomos do Virtual Telescope Project, em Roma, e também do Radiotelescópio de Arecibo, localizado em Porto Rico.
Este asteroide é classificado como sendo um NEO (Near Earth Object – Objeto Próximo da Terra) sendo colocado como “potencialmente perigoso”, mas esse termo é aplicado a quaisquer corpos celestes que possuam mais de 140 metros e passem a uma distância de menos de 7,4 milhões de km do planeta Terra.
Embora os 6,3 milhões de km sejam considerado “próximo” em termos astronômicos, é distante o suficiente para não representar nenhum risco de colisão com o nosso planeta. Os astrônomos aproveitarão esta oportunidade para realizar medidas e melhorar as nossas técnicas para estimar o tamanho desses asteroides, além de poder estudar a composição do 1998 OR2.
No ano de 2.079 este asteroide passará ainda mais “próximo” de nós, a cerca de 1,8 milhão de quilômetros, ou seja, 4,6 vezes a distância da Terra até a Lua, ou seja, daqui a 59 anos e muitos de nós até lá poderão então se lembrar desta passagem de agora.