Essas Luas e suas Maravilhas – Titânia
Com um diâmetro de 1.578 km, Titânia é o maior satélite natural do planeta Urano e o oitavo maior do Sistema Solar.
Possui um período orbital de apenas 8,7 dias para completar sua translação em torno do sétimo planeta em distância ao Sol.
Este satélite natural foi descoberto por William Herschel no ano de 1.787 e recebeu o nome da “Rainha das Fadas” da grande obra de Shakespeare “Sonho de uma Noite de Verão”.
Esta lua intrigante de Urano consiste de quantidades aproximadamente iguais de gelo e rocha em sua superfície e pode conter um núcleo rochoso cercado de um manto congelado. Uma teoria indica que pode haver uma camada de água em estado líquido na divisa entre o núcleo e o manto de gelo.
A superfície de Titânia, que é relativamente escura, parece ter sido moldada por impactos e processos endógenos (um fenômeno ou processo geológico que se realiza no interior do corpo celeste).
Sua superfície está coberta por várias crateras de impacto alcançando até 326 km de diâmetro. Titânia provavelmente já passou por um evento endógeno que apagou sua superfície antiga e cheia de crateras. A atual superfície está cortada por um sistema de cânions e largas escarpas (área de transição entre diferentes relevos).
Como todas as outras grandes luas do planeta Urano, Titânia provavelmente se formou a partir do disco de acreção em volta do planeta logo após sua formação.
Urano só foi estudado de perto uma vez, pela sonda espacial Voyager 2 em janeiro de 1986. Ela tirou várias fotos de Titânia, que permitiram o mapeamento de cerca de 40% de sua superfície.
Acima: Imagem do satélite natural Titânia composta pela sonda Voyager 2 (NASA) no dia 24 de janeiro do ano de 1986. A cratera de impacto chamada de Gertrude (326 km de diâmetro e 2 km de profundidade) é bem visível próximo ao extremo sul desta foto. Ao leste visível da fotografia, nota-se o maior desfiladeiro conhecido desta lua, o Messina Chasma.
Uma curiosidade é que Titânia a exemplo do satélite natural Tritão do planeta Netuno e da nossa Lua, também possui rotação sincronizada. Em astronomia, rotação sincronizada é um termo que descreve um corpo transladando (orbitando) outro, em que o período orbital do objeto em órbita é igual ao seu período de rotação, e por isso sempre é o mesmo hemisfério que está virado para o objeto principal, ou seja, da superfície de Urano, sempre se vê a mesma face de Titânia!