Kepler-88 D, o novo Exoplaneta descoberto!
Exoplanetas são os planetas que orbitam outras estrelas sem ser o nosso Sol, ou seja, fazem parte de outros Sistemas Planetários.
A sonda não tripulada Kepler lançada em 2.009 e sendo praticamente um telescópio espacial, projetada pela NASA, foi a responsável por muitas descobertas desses exoplanetas. A Kepler procurou por planetas com características habitáveis fora do Sistema Solar por mais de nove anos.
Ela observou mais de 100.000 estrelas, sendo as mais brilhantes da esfera celeste a nossa volta, a fim de detectar alguma ocultação periódica de uma delas por um de seus planetas, a chamada Técnica do Trânsito. Ao todo, Kepler foi responsável pela descoberta de 2.720 candidatos a exoplanetas. No dia 30 de outubro de 2.018, a NASA anunciou oficialmente a “aposentadoria” da sonda devido ao esgotamento do seu sistema de controle.
O novo exoplaneta identificado agora é o Kepler-88 D que possui cerca de três vezes a massa do planeta Júpiter (que é cerca de 1.300 vezes maior que a Terra) e está a uma distância de 1.200 anos-luz de nós, na constelação da Lira, conhecida também como a Harpa dos deuses.
Este planeta do sistema estelar Kepler-88 foi descoberto por astrônomos do Instituto de Astronomia da Universidade do Havaí. Os astrônomos se basearam em mais de seis anos de dados coletados pelo Observatório W.M. Keck, também no Havaí, para poder sustentar essa importante descoberta junto com os dados da Kepler.
O Kepler-88 D leva cerca de quatro anos terrestres para completar uma volta ao redor da estrela Kepler-88, que dá nome ao sistema do qual ele faz parte. O sistema Kepler-88 já direciona a atenção dos astrônomos desde o ano de 2.012, ao serem descobertos dois de seus componentes, o Kepler-88 C que possui período orbital de 22 dias terrestres e o Kepler-88 B com um período de 11 dias terrestres.
Esta nova descoberta poderá nos levar a melhores informações sobre o real papel que os planetas gigantes possuem na formação de outros planetas menores, como se acredita que tenha sido o caso de Júpiter no nosso Sistema Solar. Essa teoria diz que os planetas mais massivos e consequentemente, com maior força gravitacional, tenham contribuído para o desenvolvimento dos planetas rochosos como a Terra, por exemplo, ao impulsionar cometas que carregam moléculas de água no encontro com estes planetas menores.
A partir da próxima sexta feira dia 22 de maio, o MAAS inicia uma nova série com o tema “Exoplanetas, a possibilidade de novos mundos!”, onde abordaremos as principais descobertas e informações sobre os exoplanetas já confirmados.
Uma boa viagem aos novos mundos!
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