O imprevisível cometa SWAN
Quando um novo cometa aparece em nosso céu sempre se cria uma expectativa dele poder ser visto a olho nu com sua cauda magnifica! Mas, as coisas nem sempre são simples assim, principalmente se tratando desses corpos celestes que possuem comportamentos, muitas vezes imprevisíveis.
Um cometa é composto por poeira e gases congelados, geralmente com alguns km de comprimento em seu semi eixo maior. Quando eles se aproximam do Sol, seu núcleo congelado começa a se volatizar, ou seja, passar do estado congelado (sólido) para o estado gasoso. Com isto, surge a famosa cauda do cometa, que a luz do Sol ilumina e a torna visível da Terra, geralmente com binóculos ou telescópios apenas.
Raramente um cometa se torna brilhante o suficiente para ser visível sem o uso de instrumentos. Mas, quando isso ocorre, é um espetáculo belíssimo de ser observado a olho nu.
Temos visto muitas matérias nas redes sociais falando do novo cometa batizado com o nome de SWAN que poderá ser visível a olho nu.
Este cometa foi descoberto no dia 25 de março deste ano, pelo astrônomo amador australiano, Michael Mattiazo. O nome do cometa SWAN, é em referência a câmera que a registrou de nome “Solar Wind Anisotropies” acoplada ao “Solar and Heliospheric Observatory” (SOHO) da NASA e oficialmente ele foi designado como C / 2020 F8.
O cometa SWAN estará em seu periélio (ponto mais próximo do Sol) no dia 27 de maio. Sempre no momento do periélio o cometa se torna mais brilhante por estar liberando mais material de seu núcleo devido à proximidade com nossa estrela. Nessas datas, o cometa nem sempre está visível da Terra e também podem ocorrer rompimentos no núcleo do cometa e o mesmo se fragmentar em vários pedaços e acabar se desintegrando.
Uma sensível queda de brilho do SWAN tem sido registrada. Veja gráfico abaixo:
Por exemplo, no dia 30 de abril, o brilho do cometa estava em magnitude visual de 5.2, mas a magnitude acabou mudando para 5.6 recentemente, indicando perda de brilho. Lembrando que nossos olhos conseguem ver objetos celestes com magnitude visual até 6,0 em condições excelente de céu (quanto maior o número da magnitude, menor seu brilho).
Vamos aguardar novos dados observacionais do SWAN para sabermos se poderemos observá-lo melhor nos próximos dias ou não.
Vida longa ao cometa SWAN.
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