Sessão Constelações – Apus

Esta série descreve as principais características de cada uma das 88 constelações de nossa esfera celeste.
Nota 1: ano luz é igual a distância percorrida pela luz no “vácuo” durante um ano e que equivale aqui a 9 trilhões e 460 bilhões de km. Se uma estrela se encontra a 100 anos-luz de distância, significa também dizer que sua luz demorou 100 para chegar até nós, então estamos observando como ela estava há 100 anos.
Nota 2: as magnitudes visuais ficam entre valores de até 6,0 positivo para observações a olho nu. Quanto menor o valor da magnitude de um objeto celeste, maior seu brilho visual. Para questões de referências, a estrela mais brilhante do céu noturno é Sirius da constelação do Cão Maior, com uma magnitude visual de -1,5.
Hoje vamos falar da constelação da Ave do Paraiso (Apus).

Origem histórica:
Apus como também, é chamada essa constelação foi uma das 12 constelações criadas pelo astrônomo e cartógrafo holandês Petrus Plancius. Ela aparece pela primeira vez em um globo celeste de 35 cm de diâmetro publicado em 1597 em Amsterdã por Plancius. Ele chamou a constelação de “Paradysvogel Apis Indica”; a primeira palavra é “ave-do-paraíso” em holandês, e as outras são “Abelhas Indianas” em latim. Já o nome “Apus” é derivado do grego “apous”, significando “sem pé”, que se referia aparentemente a uma ideia de que a ave-do-paraíso não possuía pés.
Após sua introdução no globo de Plancius, a primeira representação conhecida da constelação em um atlas celeste foi em “Uranometria” de Johann Bayer no ano de 1.603.
Principais estrelas:
A Alfa Apodis é uma estrela gigante laranja situada a aproximadamente 411 anos-luz de distância da Terra e possui uma magnitude visual de 3,8.
Já a Beta Apodis é também uma gigante laranja, mas distante de nós cerca de 158 anos-luz e uma magnitude visual de 4,2.
Principal objeto:
O aglomerado globular de estrelas designado como NGC 6101 é o objeto celeste de destaque desta constelação.

Este aglomerado foi descoberto pelo astrônomo escocês James Dunlop no ano de 1.826 através de observações com um telescópio refletor com abertura de 9 polegadas. Devido a sua moderada magnitude visual de +9,2, é visível apenas com telescópios amadores de médio porte ou com equipamentos profissionais.
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