Essas Luas e suas Maravilhas – Selene, a Lua.
Em nossa série sobre as maravilhas das luas do Sistema Solar, vamos falar hoje da lua do planeta Terra, a Deusa Selene da mitologia Grega (deusa da fertilidade, do nascimento e protetora dos animais).
A nossa Lua sempre inspirou o ser humano a olhar para o céu e perceber suas mudanças. Os povos pré-históricos ao redor do mundo sempre contemplaram nosso único satélite natural e começaram a se perguntar sobre a sua origem, como ela foi parar “lá em cima” e porque ela mudava de aparência, às vezes desaparecia e depois reaparecia.
Algumas superstições da era medieval, por exemplo, afirmavam que a “luz da Lua” causava loucura nos seres humanos. Ainda hoje, certas pessoas costumam culpar a Lua Cheia devido alguns comportamentos “anormais”.
Na mitologia romana ela é conhecida como Luna ou Lua (de onde derivam a palavra lunar e também lunação, que é seu período de mudança das fases). Na mitologia indígena Tupi aqui no Brasil, a Lua é chamada de Jaci, sendo o Sol o Deus Guaraci.
O estudo de nosso satélite natural se chama Selenografia (este estudo se faz dentro da Astronomia), sendo o astrônomo-selenógrafo quem faz esse estudo e exploração científica dela. A Lua tem uma influência gravitacional direta nas marés oceânicas da Terra e também seu ciclo de fases foi usado por antigos astrônomos para compilar os nossos primeiros calendários baseado neste ciclo.
A real importância do estudo lunar está no fato de que o nosso satélite natural nos ajuda a poder entender melhor e conhecer muito mais sobre a origem e a evolução do nosso planeta Terra e também dos demais planetas do Sistema Solar. Grande parte do nosso conhecimento científico atual e profundo sobre a Lua aconteceu a partir das amostras coletadas na superfície lunar pelos astronautas das missões Apollo da NASA, entre os anos de 1.969 a 1.972. Foi possível, após análises nessas amostras, saber a composição, idade e quais processos geológicos ocorreram nela.
Em tamanho, a Lua é o quinto maior satélite natural de todo o Sistema Solar. Ela orbita a Terra em uma distância média de nós de 384.400 km com uma velocidade média de 1,03 km/s e executa uma volta ao redor do nosso planeta a cada 27,322 dias. Porém, o nosso satélite leva 29,5 dias para completar o seu ciclo de fases (Cheia, Quarto Minguante, Nova e Quarto Crescente) e voltar à mesma posição em relação ao Sol, sendo este período chamado de sinódico. Sua rotação é síncrona com sua translação em torno de nosso planeta, ou seja, ela sempre mostra a mesma face para um observador aqui na Terra.
Uma curiosidade: devido o efeito gravitacional das Forças de maré, a Lua está se afastando de nós cerca de 3,74 centímetros a cada ano, até poder se estabilizar devido esta força.
Muitos astrônomos profissionais e também os amadores em Astronomia, escolheram a Lua para ser o corpo celeste de maior estudo entre tantos outros. As vantagens numa observação lunar em relação aos demais corpos celestes são as seguintes:
- Sua proximidade a deixa com um diâmetro aparente muito elevado;
- Sua superfície se torna rica em detalhes numa visão telescópica mesmo com pequenos aumentos;
- Pode ser observada mesmo nos grandes e poluídos (tanto químico quanto a luminosidade) centros urbanos;
- Pode-se observar muitas crateras de diâmetros diversos, montanhas entre outros detalhes com fácil e grande nitidez em sua superfície.
Nosso satélite natural ainda nos reservará muitas surpresas, pois será objeto de futuros pousos para servir de “trampolim” para missões espaciais com destino a outros corpos celestes do Sistema Solar.
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